Redação nota 1000 sobre os desafios para a inclusão digital dos idosos
Confira uma redação nota 1000 produzida pela Francini Hess, aluna da Oficina do Mil.
📝A proposta de redação
Tendo em vista a importância da integração da população mais velha ao mundo digital, um dos temas propostos aos alunos da Oficina do Mil foi "Os desafios para a inclusão digital dos idosos". Nesse sentido, a aluna Francini Hess escreveu um texto nota 1000 a respeito do tema, o qual você poderá conferir a seguir.
✍ Introdução
De acordo com Pierre Lévy, insigne filósofo francês, "Toda nova tecnologia cria seus excluídos". À vista disso, é notório que os desafios impostos à inclusão digital dos idosos são reflexos da desintegração social originada no avanço tecnológico. Nessa perspectiva, sendo a internet um elemento intrínseco ao cotidiano social hodierno, faz-se necessário combater os empecilhos que impedem o senso de pertencimento dos longevos à vida moderna, dentre os quais se destacam a inoperância governamental e a negligência familiar.
✍ Desenvolvimento 1
A priori, deve-se pontuar que cabe ao Estado oferecer as oportunidades de acesso às tecnologias de informação para o público senil -o que não acontece na prática. Nesse contexto, a ausência de políticas públicas voltadas à inclusão digital da terceira idade evidencia o descumprimento do dever governamental na garantia da dignidade desses indivíduos, uma vez que a dificuldade para o acesso da terceira idade à internet impede o exercício pleno da cidadania na era da informação. Dessa forma, visto que a integração ao mundo virtual é um direito essencial assegurado pelo Estatuto do Idoso, faz-se necessário o engajamento das autoridades para efetivar esse preceito.
✍ Desenvolvimento 2
Outrossim, deve-se pontuar a indiferença familiar como impulsionadora do revés. Sob essa lógica, consoante a filósofa Simone de Beauvoir, em sua obra “A velhice”, os indivíduos tratam os demais de acordo com o papel que eles desempenham na sociedade, e, infelizmente, os idosos são considerados desprezíveis em razão de suas diversas limitações físicas e necessidades básicas. Nesse sentido, embora o núcleo familiar tenha papel imprescindível na capacitação dos anciãos para com o mundo cibernético, reiteradas vezes os familiares não possuem a paciência necessária para auxiliar o aprendizado e sanar as dificuldades apresentadas durante o processo, o que acarreta a privação da liberdade individual dos senis em virtude da dependência desses para lidar com os novos sistemas de informação. Logo, enquanto os familiares forem negligentes, poder-se-á observar a perpetuação dessa ponderosa problemática.
✍ Conclusão
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para reverter esse cenário. Para tanto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações deve elaborar cursos de capacitação para a integração digital dos idosos, os quais devem ser veiculados mediante parcerias público-privadas pela concessão de incentivos fiscais às empresas que subsidiarem a iniciativa, com o intuito de que esses indivíduos com dificuldades tornem-se autônomos para interagir com o meio tecnológico. Concomitantemente, cabe aos familiares o apoio e auxílio necessários ao longo desse processo de aprendizagem, para que se possa possibilitar a compreensão do mundo moderno independentemente da idade. Assim, será possível que a exclusão advinda das tecnologias, consoante Pierre Lévy, seja atenuada.
E aí, o que achou da redação? Incrível, não é?
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