Introdução

Na série televisiva “Sex Education”, os jovens Otis e Maeve criam, na escola, um empreendimento análogo a uma clínica de educação sexual, a fim de aconselhar os colegas e, por conseguinte, adquirir uma remuneração. Contudo, ao observar-se o panorama brasileiro, nota-se a ausência de ações empreendedoras semelhantes à apresentada na ficção, apesar da importância delas para o desenvolvimento nacional. Logo, convém analisar de que modo o pouco estímulo ao espírito empreendedor dos estudantes e o baixo incentivo estatal tonificam a problemática.

Desenvolvimento 1

Em primeiro lugar, pontua-se a omissão da escola como um agravante do cenário. A esse respeito, a Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a todos o direito à educação de qualidade, bem como à qualificação para o trabalho. No entanto, por mais que tais aspectos sejam direitos assegurados à população, existe uma discrepância entre a lei e sua efetivação, já que substancial parcela dos discentes das instituições de ensino brasileiras não tem proximidade com ações que a torne versátil e possuidora de habilidades empreendedoras, o que, por fim, dificulta a entrada dos jovens no mundo do empreendedorismo e do trabalho. Assim, são necessárias medidas educacionais que atenuem essa questão e cumpram o que está elencado na lei.

Desenvolvimento 2

Além disso, convém destacar que o exíguo apoio governamental dificulta a efetivação de um cenário de empreendedorismo. Nesse contexto, o pensador Thomas Hobbes, em seu livro “Leviatã”, defende a obrigação do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso comum. Por esse ângulo, o comportamento dos órgãos públicos brasileiros, a partir da análise de Hobbes, seria identificado como equivocado, dadas as excessivas cargas tributárias impostas aos novos atuantes no mercado trabalhista. Dessa forma, faz-se preciso reformular esse comportamento, haja vista que ele destoa do que deve ser praticado pelo Estado segundo “Leviatã” e, pois, prejudica o desenvolvimento nacional.

Conclusão

Percebe-se, portanto, a necessidade de apoiar o empreendedorismo no Brasil. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação, por meio de uma alteração na Base Nacional Comum Curricular, inserir a disciplina de Educação Empreendedora nas escolas, dada a importância do estudo dessa temática, com a finalidade de fornecer habilidades técnicas que ajudem os estudantes a adentrar no meio laboral. Em acréscimo, é necessário que o Ministério da Fazenda elabore um plano financeiro que reduza as exorbitantes taxas tributárias cobradas das pequenas empresas, com o fito de incentivar a permanência delas no mercado. Feito isso, a sociedade brasílica será incentivada, e ações como a observada em “Sex Education” serão mais frequentes no País.

Essa redação nota mil foi feita por Paulo Henrique, monitor do curso Foco no Mil.