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Proposta de redação: crimes cibernéticos

Confira textos motivadores para o tema "Desafios no combate aos crimes cibernéticos no cenário brasileiro".

Proposta de redação: crimes cibernéticos

TEXTO I

Os crimes cibernéticos ou cibercrimes (em inglês, cybercrimes) são toda e qualquer atividade ilícita praticada na internet, por meio de dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares. O primeiro registro da nomenclatura cibercrime ocorreu no final da década de 1990, durante um encontro de líderes do G-8, o grupo dos oito países mais ricos do mundo.
As práticas envolvem desde a disseminação de vírus por meio de links enviados por e-mail até invasões de sistemas operacionais de empresas ou mesmo privados. Com isso, os infratores podem roubar informações e dados confidenciais, sendo capazes de aplicar golpes como os de falsidade ideológica, por exemplo. Portanto, os crimes cibernéticos envolvem, de um lado, um ou mais criminosos e, do outro, uma ou mais vítimas. Com a evolução dos dispositivos nas últimas décadas, evoluiu também a forma como os delitos são cometidos, ou seja, qualquer pessoa está sujeita a ser atacada.

A busca por notoriedade (ego, no fim das contas) e vingança pessoal são dois dos motivos pelos quais os criminosos acessam computadores, dispositivos e, consequentemente, dados das vítimas.
Há também as causas oriundas do fanatismo, especialmente por meio de vertentes políticas ou religiosas.
No entanto, a principal causa costuma ser financeira. Na maioria dos crimes, sejam eles praticados por ego, vingança ou fanatismo, a extorsão entra como a motivação número um dos criminosos. Por terem obtido dados e informações que muitas vezes são considerados confidenciais, eles exigem o chamado “resgate”, um pagamento para a devolução do que foi roubado. Inclusive, um dos formatos mais comuns de cibercrime é o ransomware, espécie de vírus que sequestra informações, sobre o qual vamos falar mais à frente.

Disponível em: https://fia.com.br/blog/crimes-ciberneticos/. Acesso em 23 out. 2021.


TEXTO II

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados promove seminário na segunda-feira, 25 de outubro de 2021, sobre o papel do parlamento no combate aos crimes cibernéticos no Brasil. O evento ocorre a partir das 14h30. Bibo Nunes cita pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que mostra aumento de 70% nos registros de tentativa de golpe usando links com o nome dos bancos como isca para fisgar o consumidor e roubar dados. "Alguns mais atentos têm o hábito de proteger seus dados e operações com senhas mais complexas, mas a esmagadora maioria, não. Estes têm sido alvos de constantes golpes cibernéticos cada vez mais complexos, mais desafiadores para os sistemas tradicionais de proteção ao usuário padrão", lamentou Nunes. Luís Miranda ressalta que delitos cibernéticos são cada vez mais comuns o que pode forçar a uma revisão da legislação. "A cada minuto, 54 pessoas são vítimas de crimes cibernéticos no Brasil, segundo a multinacional Symantec, empresa de segurança na internet. O mundo virtual é campo fértil para os pedófilos e também para hackers que limpam contas bancárias e devassam arquivos pessoais na web, em busca de algo que possa ser usado para extorquir o dono do computador", afirmou Miranda.
Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/819068-comissao-promove-seminario-sobre-combate-a-crimes-ciberneticos/. Acesso em 23 out. 2021 (adaptado).


TEXTO III

Atualmente, nosso país ocupa o quarto lugar em número de usuários de internet, segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. Os crimes cibernéticos crescem de forma proporcional à quantidade dos adeptos virtuais.

No Brasil, há um número exorbitante de casos de publicações de fotos privadas sem consentimento da pessoa exposta. Recentemente tivemos o caso de uma adolescente de 15 anos que se enforcou no estado de Mato Grosso do Sul por receio de ter suas fotos íntimas divulgadas. Aos 14 anos, ela se relacionou com um rapaz de 17, que a ameaçou pelas fotos tiradas por ele. Assim, os crimes virtuais não atingem apenas o computador ou a rede social de um indivíduo, mas trazem transtornos psicológicos que podem provocar danos irreversíveis.

No cenário contemporâneo, muitos dependem de mecanismos eletrônicos para armazenamento de informações, sejam referentes à vida íntima ou à profissional. Os dispositivos de proteção aos recursos computacionais não são competentes em sua integralidade. A história da jovem que se suicidou também demonstra que os usos de aparelhos eletrônicos por pessoas desprovidas de discernimento moral trazem consequências além da esfera digital. Dessa forma, são necessários meios eficazes para garantir a proteção e a segurança dos indivíduos, que devem gozar de sua intimidade e de sua vida privada, tal como assegura a Constituição Federal de 1988 em seu Artº 5º, V.

5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Disponível em: https://jus.com.br/artigos/66527/insuficiencia-das-leis-em-relacao-aos-crimes-ciberneticos-no-brasil. Acesso em 23 out. 2021.


TEXTO IV

Como sabemos, a pandemia trouxe uma série de problemas para diversos países. Problemas econômicos, políticos, culturais e estruturais, especialmente no setor da saúde. No entanto, no Brasil, desde março de 2020, uma nova preocupação surgiu, agora, no âmbito digital.  Com as recomendações de isolamento social e com parte da população em casa, as pessoas passam mais tempo conectadas, seja para trabalhar, estudar ou por diversão.  Assim, com esse aumento no uso da internet, cibercriminosos passaram a observar brechas para aplicar novos golpes, usando, principalmente, indivíduos com poucas experiências on-line como vítimas. Golpes bancários, softwares maliciosos, roubo de dados, disseminação de vírus e vários outros crimes têm sido realizados por meio de aplicativos de mensagens, redes sociais, e-mails e sites. Todos feitos por sujeitos que querem tirar algum tipo de vantagem sobre pessoas físicas e jurídicas, na maioria das vezes, por dinheiro.

Antes da pandemia, em 2019, o Brasil já era o terceiro país no ranking dos que sofrem mais ataques cibernéticos, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos, de acordo com um relatório global divulgado pela Symantec. 
Porém, um ano depois, em 2020, os números de casos de ciberataques cresceram consideravelmente. De acordo com a Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, empresa que analisa incidentes de segurança cibernética, o Brasil sofreu mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques na internet, de janeiro a setembro de 2020.

Já a Interpol, de janeiro a abril, detectou mais de 907 mil spams, 737 incidentes relacionados a malwares (softwares maliciosos) e 48 mil links suspeitos. Com relação às denúncias de crimes cibernéticos, de janeiro a dezembro do ano passado, foram registradas 156.692 denúncias anônimas, contra 57.428 em 2019, segundo o Portal G1. 
Esse aumento significativo muito se deve à adoção do home office por várias empresas, às aulas na modalidade de ensino a distância e às horas adicionais que cada pessoa passou no computador ou celular. Especialistas da área afirmam que o uso a mais da internet pelos usuários reacendeu o interesse dos cibercriminosos por este tipo de ataque.
Dentre os golpes mais comuns que aconteceram durante a quarentena estão o pishing, cartões de crédito, WhatsApp clonado, golpe do motoboy e auxílio emergencial falso.

Disponível em: https://cryptoid.com.br/identidade-digital-destaques/crescimento-de-crimes-ciberneticos-na-pandemia-como-nao-ser-uma-vitima/. Acesso em 23 out. 2021.


PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Desafios no combate aos crimes cibernéticos no cenário brasileiro", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


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